Uma das páginas do meu diário: onde tudo começou.
Quando eu tinha mais ou menos uns oito anos ganhei meu primeiro diário. Fiquei super empolgada para começar a escrever meu dia a dia naquelas lindas folhas, pois o tema do diário era da minha dupla de cantores favorita da época (Sandy e Junior).
Outro dia acabei achando ele em uma caixa aqui em casa, e quase que automaticamente comecei a ler o que eu escrevia naquela época. O legal de guardar essas coisas é que você relembra momentos que – talvez – já tenha esquecido, ou então momentos inesquecíveis onde acaba lembrando de mais detalhes ainda…um dia, quando eu tiver um filho, vou apresentar esse mundo dos diários para ele com certeza!
Relendo algumas páginas me lembrei do dia em que descobri o que significa a palavra confiança. Leitores, eu pergunto para vocês: Quem, em sã consciência, roubaria o diário de uma criança de oito anos para ler e depois espalhar o que estava escrito para todo mundo? Aconteceu exatamente isso comigo. É óbvio que naquela época eu escrevia coisas sobre minha escola, amigos, paixões platônicas, brincadeiras, minha família, etc…coisas bobas mesmo, mas para mim aquelas palavras eram segredos guardados a sete chaves. Depois de lerem meu diário eu fiquei traumatizada, não queria saber de escrever e fiquei com vergonha de alguém mais falar algo sobre meus segredos. E olha que as pessoas que fizeram isso comigo já não eram tão crianças assim, viu?
Com oito anos de idade eu adquiri o hábito de selecionar muito bem quem eu queria do meu lado e quem eu queria bem longe. O engraçado é que no meio de uma coisa "ruim" eu acabei ganhando uma coisa "boa", que foi exatamente isso. As pessoas mais próximas a mim dizem que eu tenho coração de ferro, pois é difícil uma pessoa conquistar realmente a minha amizade, e isso é verdade mesmo. Eu não consigo me apegar a ninguém (a não ser a minha família,namorado e amigos mais próximos, é claro!). Eu não me interesso em saber da vida de ninguém, da mesma forma que eu não quero que saibam da minha (por isso eu não tenho facebook pessoal ou coisas do gênero).
Por ironia do destino eu tenho o meu blog e ele nada mais é do que um "diário aberto" para quem quiser ler. Com o tempo eu aprendi a escrever e a compartilhar somente o necessário, pois com certeza as pessoas que estão lendo esse texto já tiveram alguma experiência onde aprenderam com a dor algo que se leva para a vida inteira como aprendizado.
Parece exagero da minha parte falar tudo isso? Até eu acho exagero às vezes. Mas como o Cor de rosa é o meu blog e o lugar onde eu posso desabafar, nada mais justo do que compartilhar os meus pensamentos sobre tudo, não é? Este é o real motivo para se ter um blog: compartilhar experiências e trocar figurinhas com os leitores.
Você tem alguma experiência assim? Quero saber!
Beijocas